H+ — dos enunciados à acção?

Lemos no “ponto final parágrafo”, a propósito do projecto “Vértices do Ensino”, a retrospectiva do professor relativa ao seu percurso na FBAUL: “Muitas vezes, o espaço da Faculdade foi o campo de batalha primordial. Não é fácil buscar-se uma identidade individual e esbarrarmo-nos com uma noção de Escola que tenta a todo o custo equilibrar e conciliar aspectos de ensino opostos: a uniformização do conhecimento vs. a individualização criativa de cada um de nós, alunos.” De que modo a forma como o curso está estruturado permite ao aluno assumir a sua individualidade? E de que maneira as capacidades que desenvolvemos na cadeira de Audiovisuais podem ser uma mais valia para uma juventude em marcha?



Filipe Monteiro (professor)— A minha forma de leccionar a cadeira é influenciada pelo meu percurso como aluno nesta faculdade. Ao fazer os enunciados preocupo-me com os alunos que podem estar a fazer a disciplina, ou o curso, de uma forma despreocupada, porque os alunos são diferentes em design de comunicação. Há aqueles que nós sabemos imediatamente que vão ser grandes profissionais, no que quer que seja, porque são pessoas muito interessadas, ávidas de conhecimento, com uma grande complexidade. Por outro lado há pessoas que não têm essa vontade e esse interesse. Tento sempre que os enunciados não obriguem o aluno a entrar num universo pessoal ou de auto-questionamento, mas que tenham essa porta sempre disponível.

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