“ Art is not outside politics, but politics resides within its production, it’s distribution and it’s reception.” excerto retirado do ensaio “Politics of art: Contemporary Art and the transition to Post Democracy” de Hito Steryl, uma realizadora de cinema alemã. Depois de ler este excerto do ensaio lembrámo-nos das visitas que fizemos consigo e com o professor Victor Almeida ao CCC (Centro Cultural de Cascais) para ver a exposição das vanguardas russas e ao Museu do Oriente para ver a exposição “Cartazes de propaganda chinesa, a arte ao serviço da política”. Longe de acreditarmos que o design se constitui como uma solução eficaz e permanente para os problemas sociopolíticos, culturais e ambientais que nos rodeiam, sentimos que no primeiro ano foi dada especial atenção à relação da arte (mais especificamente do design) com o ambiente social e político em que se circunscreviam. O que motiva essa opção temática para o primeiro ano?
Cândida Teresa (professora)— Os enunciados, programas e briefings são de certa forma o retrato daquilo que nos parece pertinente desenvolver com os alunos, a partir do que consideramos expectável para um determinado ano. E todos os anos fazermos novos desenvolvimentos do programa. Seria possível reavivarem-me a memória relativamente ao vosso primeiro ano?