Aparência e ruptura:
cabeludos e barbudos

Susana Capucho

Quando os “cabeludos e barbudos” de uma juventude em revolta são mencionados, o nosso pensamento atinge imediatamente a década de 60, repleta de jovens que se reinventam para quebrar ideias que se tornavam obsoletas (vindas da geração dos seus pais).
Se procurássemos um exemplo último que representasse essa juventude em ruptura, a maioria pensaria na banda mais famosa de sempre – os Beatles. O período em questão foi, sob muitos aspectos, um dos mais revolucionários de sempre, e os Beatles ajudaram a essa rápida transformação do mundo, atingindo o que nem os casos de maior sucesso tinham conseguido até aí (à escala dos Beatles): fulgor comercial, dramática transformação estética, obra globalizada
e, acima de tudo, influência decisiva nos destinos de toda uma geração.
Utilizando os Beatles como caso paradigmático, a entrada “Aparência e Ruptura (barbudos e cabeludos)” do Atlas para uma juventude em marcha, surge com o objectivo final de observar a ruptura dos jovens influenciados pelos Beatles (e vice-versa) — qual o seu significado e impacto naquela década.