SIT-INS HUMAN BE-INS TEACH-INS BED-INS

Sara Marques
Em 1960, um grupo de quatro rapazes negros ocupou o balcão do estabelecimento da Woolworth em Greensboro. Fizeram o seu pedido
e esperaram em silêncio, sem qualquer hostilidade. Ficaram até
o estabelecimento fechar. Esta manifestação, apelidada de “sit-in” depressa se tornou conhecida e foi adoptada por muitos outros jovens como forma de contestação à segregação.
O sufixo “–in” tornou-se assim um símbolo, a representação de uma atitude pacífica, mas persistente. A ocupação do espaço torna-se
tão ou mais importante que o discurso em si. A presença e a união
dos participantes, muitas vezes em grande número, causam um impacto social. A estranheza com que são vistos, mais do que passar uma mensagem específica, cria espaço para o questionamento
e, assim sendo, para a crítica. A ocupação de um espaço físico na tentativa de originar um espaço de diálogo. Seguindo quatro destes eventos, esta entrada no Atlas é uma nova ocupação.
Apenas os participantes e as suas frases.