Há uma tendência natural para idealizar uma juventude que
marcha para
a frente, em direcção ao futuro. No entanto,
neste tempo e modo em que vivemos, parece-nos claro
uma tendência de desvio no sentido desta marcha.
Esta juventude é movida por uma estranha sensação
que vive entre a saudade e a imaginação em relação
a um passado que não foi vivido.
Esta particular nostalgia
permite-nos não só sentir saudade por um passado que
vivemos, como também por tempos e espaços que nunca
conhecemos ou que nem existiram. Objectos, ícones
ou ideologias que nos remetem para um tempo onde
encontramos uma estranha sensação de pertença e
conforto, ou de renúncia ao que é “imposto” pelo aqui e
agora.
Para dar resposta à estranha necessidade de fuga
por parte desta juventude, surge o projecto Nostalgia:
this time isn’t mine but it should be, que tem por
objectivo caracterizar este espaço em que se isola o
“jovem nostálgico”.