Existem diversas designações para a palavra “mestre”.
Mas na sua acepção comum, mestre é a figura que
acarreta conhecimento e sabedoria, aquele
em quem
confiamos para nos instruir e orientar nas nossas
demandas futuras. George Steiner, em As Lições dos
Mestres, questiona a ambiguidade subjacente à ideia
de professor — por um lado, uma figura senil e cansada
que se entrega à rotina da vida escolar; por outro, um
indivíduo com um extremo sentido de vocação, que mais
do que ensinar os seus estudantes, procura inspirá-los.
Esta publicação defende uma mudança de paradigma
social. Será que uma atitude de confiança e amizade
para com o aluno, bem como de negação de poder são
possíveis? Quem será o verdadeiro mestre? Aquele
que actua no espaço de ensino para uma educação
cooperativa ou para uma educação que mantém uma
estrutura competitiva? Será o culto da individualidade
e da criatividade pessoal um imperativo ou podemos
pensar em lógicas de comunidade na educação?