Em “Reading and Writing”, Ellen Lupton (2011) afirma ser mais fácil fazermos de editores se soubermos algo sobre design gráfico. Ao usar os seus conhecimentos da indústria gráfica e das plataformas digitais (que para além de eventuais suportes da edição são ainda fundamentais na comunicação e distribuição dos projetos) o designer aproxima-se, naturalmente, dos processos de autoria e edição.
Em Ficha de leitura: nó e rede, intertextualidade e hipertextualidade como estratégias editoriais abordámos o renovado interesse pelas relações do design com a edição, bem como o seu papel na ordenação da informação perante a superabundância. De um conjunto de referências bibliográficas e cinematográficas em torno dos ideais da educação, cada grupo selecionou um conteúdo. Da sua leitura extraiu-se uma questão — o motor do projecto editorial e o elemento que permite a criação de um sistema relacional ou intertextual entre os conteúdos editoriais. Composta por duas componentes — uma impressa e outra digital — cada publicação definiu estratégias de complementaridade entre estruturas lineares e não-lineares, diacrónicas e anacrónicas. Ao projeto editorial ainda corresponde uma preocupação de síntese e comunicação, expressa num teaser audiovisual e num espaço online.